27/02/2009

Já estamos em casa!

Correu tudo bem. STOP
O pai ficou com ela até adormecer com a anestesia. Ficou impressionado.
Eu estive com ela quando acordou da anestesia. Nunca irei esquecer a meia hora após.

A partir daí, tudo cinco estrelas.

Estamos em casa. Bem dispostas e felizes. A convalescente e a mãe.

Depois conto tudo, inclusivamente as peripécias do internamento, só possível num hospital público (ou não!).

Origada a todas pelo vosso apoio.

25/02/2009

É amanhã

E eu estou cada vez mais nervosa.

Nervosa com o desconhecido.

Nervosa como mãe que ama a sua filha mais do que tudo no Mundo.

Tenho direito, não?

Por isso, se volto a ouvir "ah, isso é muito simples".

Claro que sim, que é uma intervenção simples, que há-de correr muito bem, que ela não há-de ter muitas dores, que vai recuperar depressa...

Mas é uma intervenção.

Mas é um ciclo de processos que lhe são desconhecidos (e a mim também) e que vão dar direito a medo e ansiedade, bem como a perguntas difíceis.

Mas vamos passar uma noite numa enfermaria de um hospital e preferimos a nossa casa.

Mas, mas...

Posso acordar daqui a uma semana?

23/02/2009

Já me dá para rir...

Estamos as duas a tomar antibiótico.

Tal como no mês passado, estou com uma infecção na garganta. E logo eu, que nunca fui dada a estas coisas!!!

E entrámos em contagem decrescente para o dia da operação.

20/02/2009

Mais uma

Esta noite dormiste com o teu pai.
De manhã foram à consulta de anestesiologia.

Entretanto, ele liga-me e diz que tu levaste a noite inteira a tossir.

Entretanto, por minha indicação, viu-te a febre quando chegaram a casa para almoçar: 39,1º na axila.

Vais para casa dos bisavós.

Mas, enquanto lá não chegares, eu não estou descansada.

E nestas horas só me dá vontade de mandar tudo à fava e cuidar de ti.

Bolas, a ver se com a operação isto tem um fim!

Estou com a neura e cheia de trabalho. Muito trabalho.

19/02/2009

Sorrir na mesma...

... quando há um problema grave a aguardar solução (que há-de haver, há-de haver!).

Sorrir porque o telemóvel toca e do outro lado fazem-nos sorrir estupidamente.

E ficamos com aquele sorrisinho tonto e um friozinho na barriga.

Alguém...

... está à procura de uma Rainbow, com seis meses de uso, em excelente estado?

17/02/2009

Do fim-de-semana:

Sexta, à hora do jantar:
- Fofinha, podes por a mesa, que o jantar está quase pronto.
- Oh, mãe, põe tu, que eu estou a fazer os trabalhos.
?????????
Como é que disse????????

Sábado:
A pipa B. foi lá dormir connosco. Portaram-se muito bem, não houve stress na hora de ir para a cama e no Domingo de manhã fartaram-se de brincar.
Brincaram aos hospitais, prepararam uma festa para convidados imaginários, despiram e vestiram bonecos, sei lá mais o quê! Foi uma animação. Lindas meninas!
E finalmente vi os brinquedos dados no Natal a saírem das prateleiras da estante do quarto.
Ao contrário da tua escola anterior, esta deixa passar completamente em branco o Dia dos Namorados. Não houve corações nem para a mãe, nem para o pai.

Domingo:
Um passeio marcado com um coleguinha da princesa e respectivas mães. Fomos à Quinta Pedagógica, ao parque infantil e aos escorregas do McDonald's (onde se confirma que tu não gostas nada daquela comida, nem sequer das batatas fritas...).
As mamãs conversaram enquanto vocês correram e saltaram horas a fio.
Correu tudo muito bem, menos o regresso a casa. Fizeste uma grande birra, já provocada pelo sono, que acabou muito mal. Já passou.
Mas vou registá-la aqui, para um dia recordar, ainda que tenha muita vergonha do que fizeste: ultimamente, quando entras em birra, sento-te ao meu colo e não tens ordem para sair enquanto não te acalmares. Debates-te muito no início, mas depois vais acalmando. Só não contava com:
- Deixa-me sair do teu colo. Não quero que me toques. Vou fazer xixi em cima de ti.
(??????????????????????????????????????????????????????????????)
E não é que fez mesmo? Claro que a palmada aplicada com firmeza na perna interrompeu o dito xixi, que acabou por ser feito onde devia.
A birra continuou, mas numa versão mais soft.

O que vale é que as birras vão ficando cada vez mais espaçadas e, regra geral, menos parvas.

Mas esta... esta agora dá-me para rir, mas naquele dia deu-te para ter vontade de sair porta fora de casa, eheheh.

Carnaval II

E hoje, dia 17 de Fevereiro, é que me é entregue uma cartinha da escola a estimular que as fantasias de Carnaval sejam feitas com recurso a materiais reciclados e apelando à criatividade dos pais?

Como justificação, apelar ao inverso do consumismo de Carnaval das máscaras compradas ou alugadas.

Hoje? Hoje é que se lembram disso???

Pois, pois... vai uma princesinha com um fato comprado numa grande superfície e mais nada.

Sinceramente... façam-no elas com as crianças, como é hábito em tantas outras escolas!

Três dias antes é que se lembram.

16/02/2009

Muito trabalho...

E pouco tempo para vir aqui, ainda que queira registar muitos acontecimentos do fim-de-semana:

- a dormida da Pipa em nossa casa e as brincadeiras delas;
- a resposta perante o pedido que pusesse a mesa;
- o passeio com o amigo e a mamã dele;
- o Dia dos Namorados;
- a birra com uma maldade memorável...

13/02/2009

Reclamação

O que é que aconteceu ontem na Fox Life, que não deram a Anatomia de Grey???

Hein???

Para a próxima...

... vou fazer uma grande birra quando tiver que levar a minha filha a fazer análises.

Custou-me muito vê-la chorar, debater-se... as lágrimas rolaram-me cara abaixo.

Eu não queria, mas da próxima faço uma grande birra por ter ouvido:

- Para a próxima tens que vir com o papá. - gozou-me a analista

Mas gostei da resposta da princesa:

- Não, porque quero o abracinho da mamã.

E mais nada!

12/02/2009

Sobre a fantasia de Carnaval

E na sequência da tua pergunta:

Eu não vivo muito a questão das fatiotas de Carnaval.

Dou duas ou três sugestões e está feita a coisa.

Em casa temos um fato de Branca de Neve, que já foi usado há dois anos e que se calhar será usado novamente este ano.
O ano passado foi uma abelha. Em alternativa, teremos uma princesa cor-de-rosa, com uma coroa, este ano (e nos próximos sete, certamente).

A única coisa que a Maria me pediu foi se eu lhe pintava os olhos e os lábios. E assim o farei, porque é Carnaval.

Mas ficamos por aqui. Ela não é muito exigente neste tipo de coisas e eu também não fomento muita conversa à volta do tema. Não sou apreciadora do Carnaval, de gastar balúrdios em fantasias e nem tenho dotes de mãe prendada para dedicar-me à costura de lindos e criativos fatos...

Já quanto ao bolo de aniversário do Homem-Aranha, vamos ter que ter uma conversinha! Isso é que não, eheheh.

Devaneios...

Se a escola da princesa encerra de 23 a 25 de Fevereiro, certamente que fazem o desfile de carnaval na 6ª feira anterior.

Ora, se nesse dia ela tem consulta de anestesiologia às 10h45 da manhã, como é que vai mascarada para a escola?... Ou vai mascarada para a consulta? Se calhar é divertido! :)

Amanhã...

Análises (da filhota).

Arghhhhh...

E mais um dia que vou chegar atrasada ao trabalho, e na mesma semana. :(

E que vou fazer a maratona - Olaias-Egas Moniz-Alameda-Restelo. E é nestas alturas (mas só nestas) que me dava jeito ter carta (e carro).

E que ainda oiço: "Mas o pai da Maria não pode ir? As manhãs são o meu único período de descanso!"

Ok, ok... até já tenho um castigo premeditado para ti. O que vale é que ontem me ofereceste uns presentinhos. Mas não te voltes a enganar, presentes para a casa não são presentes para mim. Lol.

11/02/2009

Gatinho bebé

Já tive uma gata, quando era “solteira de filha”.
Era uma gata muito meiguinha, muito “cão” na sua lealdade e atitude para com a dona (eu) e o dono emprestado (o meu namorado da altura).

Mas era asneirenta.
Dona e senhora da casa, andava por todo o lado.
De dia dormia dentro do roupeiro e em cima da minha roupa.
Deitava-se na minha toalha enquanto eu tomava banho.
Não me deixava namorar. Deitava-se no meio dos dois a ronronar.
Só queria colo.
Dormia sempre comigo, desde o primeiro dia em que a foram levar lá a casa, tinha ela quatro meses e tinha sido recolhida da rua.
E no Inverno escorregava até ao fundo da cama, debaixo do edredão, e deitava-se em cima das minhas pernas (geralmente durmo de barriga para baixo).

Tenho tantas saudades dela. Gostava tanto de voltar a ter uma gatinha, mas depois penso que:
- não me apetece andar a limpar caixotes diariamente;
- não me apetece pagar contas de veterinário;
- o cheiro da comida dos gatos é super enjoativo;
- não quero ter roupa cheia de pelos;
- a Maria por enquanto não é alérgica ao pêlo, mas eu em criança era, pelo que ela pode vir a desenvolver a alergia;
- a Maria é “chata” com os animais, o que podia resultar em duas amigas inseparáveis ou numas quantas arranhadelas;
- não me apetece deixar de ter janelas abertas quando me apetece.

E quando encontrei, à hora de almoço, um e-mail com um apelo para adoptar esta gatinha linda deu-me uma vontade de responder, que nem imaginam, mas os contras continuam a pesar contra os prós.

Mas apetecia-me TANTO ter um gatinho! Ou isso ou um cão a pilhas, com botão de volume incorporado, eheheh.

E digo, muito baixinho, e com alguma vergonha, que, baptizada pelo meu pai, com inspiração no filme dos Aristogatos, a minha gata chamava-se Maria.

"Crianças no Frigorífico"

É o título da coluna de Joaquim Letria no 24 Horas de hoje.

Sempre admirei este jornalista, acompanhando o seu percurso com respeito e consideração. Mas hoje, ao ler esta coluna, bufei, disse asneiras e senti o coração acelerar e o rosto ruborizar de raiva por ler tais palavras...

Perdoe-me, caro Sr. Joaquim Letria, mas não deve perceber nada da difícil conciliação de uma vida familiar com uma vida profissional. Se conhecer empregos, ou trabalhos, em que as mães saiam às quatro da tarde, para irem buscar os filhos à escola até às cinco da tarde, diga-me. Estou altamente interessada.

Acho que esta coluna ultrapassou aquela opinião do Miguel Sousa Tavares sobre as criancinhas nos restaurantes.
Estou estupefacta...

in 24 Horas (para ver em formato legível, clicar em cima da imagem)

10/02/2009

26 de Fevereiro

As análises estão marcadas ainda para esta semana.

A consulta de anestesiologia na próxima semana.

A operação está marcada para dia 26 de Fevereiro.

E eu hoje estou super nervosa. Irra...

E vamos ter que lá passar uma noite.

Ainda mais nervosa fiquei.

"´Pás"

- Mãe, eu tiro a massa do micro-ondas.
- Maria, não inventes. Podes queimar-te. Está quieta.
- Eu vou buscar as tuas pás, mamã.

(Pás=pegas)

09/02/2009

Nó na garganta...

Ainda sobre a escola e as diferenças com a metodologia João de Deus (que a Maria seguiu dos seis meses aos três anos):

A semana passada trouxemos para casa a pasta de trabalhos realizados no primeiro período.

Foi com um nó na garganta que reparei que na João de Deus faziam coisas muito mais giras e que, inclusivamente, as técnicas e noções que ela aplicou no primeiro período na nova escola, já tinham sido trabalhadas o ano passado.

Continuo a puxar muito por ela em casa e já tenho uma nova "renda": livros de actividades.

Preciso de descobrir coisas na net, ou vou à falência.

Não acho que a minha filha seja mais inteligente ou espera que as outras crianças da idade dela. Noto sim que tem muita sede de aprender, de fazer bem e de estar entretida com "trabalhos de casa".

Este fim-de-semana lá apareceu um dos meus "netos" a dormir no chão da sala, mas, ultimamente, ela só brinca com lápis, folhas, tesoura, cola, ... Em suma, só faz trabalhos de casa! :)

6ª feira à noite

Quando subo para cima de um palco e me escondo atrás das luzes dos projectores isolo-me, no meio da multidão, fecho os olhos e canto. Canto com toda a paixão que sinto por dentro, canto com toda a garra, canto pensando como cada uma das notas me dá um gozo fantástico de entoar, canto em busca das palmas a meio da música, quando surpreendo o público em determinado momento. Adoro cantar. É uma das coisas que gosto mais de fazer na vida.

Nunca escolho uma música por acaso.

As músicas reflectem sempre o que sinto naquele momento.

Cantar por cantar, já não é para mim.

Na 6ª feira precisei de ir cantar. Mas precisei mesmo. Muito, muito.

As três músicas que consegui cantar, porque por mim não tinha saído de cima do palco, mas haviam mais pretendentes:
- Chegar a Ti (Rita Guerra);
- Simply The Best (Tina Turner);
- Don´t Speak (No Doubt).

A acompanhar: batida de coco com groselha. Por norma não bebo quando tenho que cantar, mas aquilo era tão docinho que não me apeteceu parar.
A acompanhar também: uma amiga querida. Muito querida. Que me tem enchido de mimos. Obrigada, minha linda!

Agora quero experimentar uma sessão de karaoke Live. Deve ser giro e deve permitir ainda mais adrenalina.

Miúda, dessa vez queres ir?



PS: Quando cheguei a casa é que o babysitter (meu pai) me disse que a minha princesa acordou e chamou pelo papá e por mim. De manhã não te lembravas de nada, por isso não deves ter ficado traumatizada. Vou fazer isto mais vezes. Muito mais vezes. MESMO!

06/02/2009

Sobre a crise... III

Trabalho directamente com muitos jornalistas, há alguns anos, e nunca, como agora, recebi tantos e-mails a anunciar mudanças, saídas, novos projectos como freelancers a escreverem sobre tudo e mais alguma coisa.

E ainda fico a fazer uma reflexão: isto vai reflectir-se na nossa actividade, porque vivemos de redes de contactos.

Hiperactividade

Quando ando mais "descompensada" fico hiperactiva, principalmente à noite.

Nos últimos meses contava os minutos para finalmente me sentar no sofá a assistir às minhas séries de eleição enquanto tricotava ou bordava.

Nos últimos dias até isso mudou.

Dois exemplos:

- anteontem cheguei a casa, arrumei tudo, fui tomar banho, lavar o cabelo (champô, máscara e condicionador), fiz a depilação, arranjei os pés, tratei da pele (exfoliante no rosto, hidratante no rosto e no corpor, ultra-hidratante nos pés com direito a calçar a bela da meia para um resultado mais eficaz), renovei o verniz das unhas, estiquei todos os fiozinhos capilares com o secador,... e depois então fui aquecer uma sopa e comer uma sandes.

- ontem cheguei a casa, brinquei com a Maria enquanto arrumava o principal, fiz o jantar e adormeci-a. Quando ela estava já a dormir, liguei a TV na Fox Life, pronta para ver a Anatomia de Grey e a Clínica Privada. Levantei-me enfadada e fui juntar recibos de IRS, organizar o arquivo de contas, bancos, recibos e contratos de trabalho, por aí fora. Quando acabei esta tarefa entediante as séries também já tinham acabado. Uma passagem pela roupa. Gravar tudo o que está no computador para um disco externo, (re)descobrir um dvd com fotografias minhas no Natal de 2004 (gravidíssima) e cama...

Acordo cansada. Resmungona. Chorona. Principalmente se algo correr um mm fora do habitual.

Eu ando uma seca!!!
E ainda por cima a compensar o lado emocional com comida.
A balança ainda não protestou, é o que me vale. Durante o dia quase que não como e mantenho uma alimentação hipocalórica, mas equilibrada.

E pior, nestas fases isolo-me e assumo umas postura pouco minha: fico muito mais caladinha e quase nunca me apetece falar.

A minha filha fica de fora destas pancadas todas. Não fica prejudicada, porque ser mãe é a minha maior responsabilidade.

Amo-te, filha. Tenho saudades tuas. És a minha maior alegria.

Conversas nocturnas

- Mãe, dá-me espaço.
Chego-me para o lado de fora da cama.
- Agora dá-me o teu abraço quentinho que eu tenho muitas saudades tuas.
- Amo-te muito, filha.
- Eu também, mamã linda e fofinha.

(conversa tida de madrugada, nem sei a que horas)

05/02/2009

Sobre a crise... II

Ainda sobre o tema do post abaixo:
Há um mês e pouco que, por motivos que agora não interessam nada para aqui, uma pessoa muito próxima "faz vida" em minha casa. Só não dorme lá.

Come de e lá.
Toma banho lá.
A sua roupa é lavada e engomada lá.

E eu já tinha pensado que até nem dá muita despesa.

Bem, mais ou menos... passámos a gastar o dobro em gás, esquece-se (algumas vezes) do aquecedor da casa de banho ligado e faço, pelo menos, quatro máquinas de roupa por semana que, graças à merdinha de tempo que tem estado, acaba toda na secadora.

Mas ajuda-me. Não voltei a pagar nenhuma bilha de gás. Uma ou outra vez paga as compras do supermercado ou metade quando grunho "eu é que pago as minhas contas" e continua a fornecer-me internet sem fios, com pouca velocidade, mas gratuita, eheheh.

Deixa umas quantas coisas fora do sítio, diz que eu perco-lhe as meias todas (grumpf, só se é a máquina que as come!!!), insinua que todas as semanas eu mudo as coisas de sítio e nunca sabe de nada e esquiva-se a lavar a loiça que usa se eu tiver nem que seja um copo no lava-loiças. Ah, e chega tarde!!! Muito tarde!!! E eu zango-me e refilo. pois claro, que ele já devia saber que aquela hora eu tenho um bocadinho de mau feitio, principalmente se a Maria ainda não estiver a dormir.

Ah, mas leva-me o lixo para baixo!
Ah, mas vai buscar o gás sem refilar muito ("para poupar um kg de gás deixaste de usar pluma, e isto é um absurdo de peso").
Ah, mas faz recados de última hora!
Ah, mas eu gosto (mais ou menos) de tratar dele.
Ah, e ofereceu a TV que veio substituir a que avariou!

Ah, e nos dias em que eu e a neta comemos peixe ele come restos ou sandes, porque eu recuso-me a cozinhar duas refeições e ele também tem mãozinhas para o fazer.

Hum... já vi que o balanço é positivo, por causa da crise e por eu ser "galinha". Mas... será que ele acha o mesmo???

É bem feita, que é para ver se não se esquece de como é que é viver com uma mulher (e meia dose de outra, que se já estiver com sono pura e simplesmente o ignora) e não se lembra de se casar outra vez!

Sobre a crise...

Na minha profissão tenho que estar muito bem informada, pelo que além das revistas possíveis e imaginárias (sabiam que há uma revista que se chama Aves e Ovos???) também leio os jornais do dia.

Desfolhar os jornais nas últimas semanas é uma angústia: despedimentos aqui, suspender produções ali, fraudes acolá... e só se fala em crise, crise e mais crise.
Continuo a manter a minha opinião em como há um histerismo muito grande à volta da dita "crise" em Portugal em que, como sempre, se age por antecipação, pelo que "não vamos admitir ninguém, por causa da crise", "não vamos dar aumentos, por causa da crise", "não vamos renovar contratos a termo certo, por causa da crise", "quer gozar as horas de amamentação? Mas sabe, com esta crise precisamos do esforço de todos", blablabla.

Tenho ouvido vários testemunhos de amigos e familiares nesse sentido.

Mas este fim-de-semana, ao ouvir a minha mãe, acerca da crise, pois claro (tínhamos vindo três mulheres do supermercado) e escutei-a com muita atenção, quando disse qualquer coisa parecida com o facto do universo ter desígnios que nem sempre compreendemos à primeira, mas que esta crise talvez surja para nos fazer voltarmo-nos novamente para a família, retrocedendo aos tempos em que viviam três gerações na mesma casa (avós, pais e filhos) para se conseguir viver de forma minimamente confortável e não faltar comida na mesa.

Fiquei a pensar nisto.

Bem, a pensar, só... porque eu e a minha mãe a vivermos na mesma casa seria uma ameaça ao sossego das outras pessoas! :)

Mas partilhar carro, casa, electricidade, aquecimentos, água, TV Cabo, Internet, telefones e por aí fora... já pensaram quanto é que poupávamos todos só aí?

Além de ganharmos em espírito de união, partilha de experiências entre gerações, os mimos dos avós aos filhos, organização e distribuição de tarefas, e por aí fora.

Será que em vez de vivermos todos virados para o nosso umbigo devíamos voltar a aprender a viver em família?

04/02/2009

Hoje...

... é o reencontro entre pai e filha, duas semanas e meia depois.

Dava tudo para ver o ansiado reencontro!

E hoje não me apetecia nada ficar sozinha..

03/02/2009

Era só mesmo o que faltava...

... numa merda de semana em que eu ando a tentar manter a minha sanidade mental, por vários motivos, era só mais aquela notícia que eu precisava de receber...

Vou ali tentar acertar o meu relógio.

Até lá... não quero fazer deste blog o muro das lamentações, por isso fica em stand-by.

02/02/2009

Avó Velhinha

Hoje, se ainda fosses viva, farias 98 anos.

E eu continuo a recordar o dia do teu aniversário, mas, mais importante que tudo, a recordar-te e a perder-me de saudades do teu olhar doce, da pele da tua cara macia como a dos bebés, dos
dedos das tua mãos deformados pelas artroses, do teu cabelo imaculadamente branco, de quão baixinha eras...

Oh, avó velhinha, tenho tantas, mas tantas saudades tuas.

Recordo-me que no dia em que faleceste o meu pai me disse: "dói muito, mas com o tempo começa a doer menos".

Sim, é verdade. Doeu muito durante meses a fio em que não adormecia sem chorar de saudades. Agora, 12 anos após a tua partida, já passam dias sem que doa. Mas hoje dói. Dói muito.

E também me doeu ontem ter visto a avó, sentada num sofá onde antigamente ficava o teu, a ficar cada vez mais parecida contigo. Parecida e velhota, também. E doeu. Doeu pensar que um dia me vai doer muito também perdê-la a ela.

Dou graças a Deus por ter 33 anos e ter os meus avós todos a partilharem a minha vida, mas agora, que todos andam pelos 80 começo a ter muito medo. Sei que de um dia para o outro tudo pode mudar.

E às vezes esta vida acelerada dá-nos tão pouco tempo para gozar a companhia deles.

Mas, avó Velhinha, tenho mesmo muitas saudades tuas. Muitas, muitas, ...

Um beijo daqui até à estrelinha que representas no céu estrelado da nossa vida.