28/11/2008

Uma das melhoras compras foi...

... a minha máquina de secar.

Ainda ontem, perante a previsão de chuva para o dia de hoje, lavei roupa e depois coloquei-a na máquina de secar e ainda tive tempo de a dobrar (ainda quentinha), o que significou não ter que passar (aquelas peças de) roupa a ferro.

Mas há uma coisa que me chateia imenso... Com 7º lá fora, ter a janela da marquise aberta! Que gelo! Devia ter apostado numa daquelas que não precisa de tubo... ah, pois devia!

27/11/2008

Porque nem tudo são alegrias...

A mamã está triste, filha.
Sou incapaz de to confessar frente a frente. Ainda não irias entender.

Sinto-me triste e perdida com a situação que está a ser vivida mesmo ao nosso lado. Sou um ombro, para dois lados, mas hoje apercebi-me de que isto me está a atingir mais do que eu imaginava.

Sinto-me triste e perdida. Com receio do futuro. Muito receio.

Tudo há-de correr bem, é certo, mas agora dói.

Não gosto de mexidas no que está à minha volta.

Hoje precisava de um abraço. Um abraço grande, quente e forte.

E continuo a sentir-me triste e perdida.

E ainda não concebo o Natal como ele vai ser. Cada árvore de Natal, cada decoração, cada rua iluminada, cada conversa sobre presentes entristece-me ainda mais...

Olho para o lado. O Sol entra pela janela da minha sala de trabalho e aquece-me. Respiro fundo. Para a frente é que é caminho. Por isso, vou trabalhar.

25/11/2008

Tempo

Durante o dia estou atolada em trabalho e à noite agarro-me ao tricot a fazer algumas presentes de Natal.

Tu estás bem, no teu trabalho (escola, leia-se). Mais calma em termos de comportamento.

Esta manhã, enquanto eu me arranjava, regressaste à cama sem que eu desse por isso. Quando dei pela tua falta fui dar contigo a dormir profundamente. E depois tive que ouvir: "és má. Não me deixas dormir e eu tenho sono".

21/11/2008

As boas-vindas ao fim-de-semana

A febre chegou.

A tosse insiste.

O ranhinho fica mais espesso.

O "dói-me muito o ouvido" proferido entre lágrimas esta madrugada ecoa na minha cabeça.

E eu espreito os recibos da farmácia: a última vez que esteve a antibiótico foi...

... há um mês e sete dias.

Só me apetece dizer asneiras... e ainda pensar que este fantasma pode estar de volta.
Preciso de dormir.
O descanso é vital para a minha energia, concentração e boa disposição.
Cinco horas de sono não me chegam. Estou mole, cansada e a sonhar com a cama.

Esta noite não estiveste bem. Além da conjuntivite ter passado para o outro olho, choraste muito. Não percebi bem porquê. Queixaste-te de dores nos olhos, nos ouvidos, da tosse… Estavas quentinha. Querias mimo, não conseguias adormecer. Às duas da manhã serenaste, a dormir no meu colo. Assim ficaste até de manhã.

Dormi mal, de lado, contigo encaixada no meu corpo dorido e com a tua cabeça no meu braço.

Hoje estás com os bisavós e com a Tia X. Estás muito bem entregue e bem comportada, pelo que já ouvi dizer.

Ah, e tens uma tenda de brincar montada no corredor. Mimos que não se esquecem, não é?

Mas, por favor, porta-te bem, ok?

E já agora, melhora lá dessa constipação, agora que eu própria também já estou a recuperar, para amanhã ires dormir com o papá, ok? E a mamã vai ao cinema!!!


E no Domingo não terei horas para acordar!!! Yes!

20/11/2008

Agora que já passou algum tempo...

... já me dá vontade de rir:

Conversa entre avó e neta:

- Olha lá, Maria, mas tu és algum cãozinho para teres mordido na tua mãe? És? - pergunta a minha mãe, com um tom de voz zangado e crítico.
- Olha, avó - respondes, enquanto abanas as duas mãos - estás a ver aqui algumas patinhas? Estás?

"Remédio" para a tosse


O pai foi buscar-te à escola, e de regresso a casa trazias uma caixa destes rebuçados na mão. Uma mistura de ervas medicionais, com sabor. São óptimos para a tosse.
- Maria, só podes comer mais um, ouviste? Olha o que diz aqui na caixa: comer só mais um ou ficas com cocó mole. Ok?
- Não, mãe... não diz isso... olha, lê: Posso comer um e mais outro, só mais outro. Pode ficar doente com cocó mole e com dói-dói no rabinho.
Que bem que ela já lê/inventa!


Que rica manhã!

Abro o estore e anuncio os bons dias.

- Mãe, olha o meu olho! - disseste-me a chorar. Não posso ir à escola. Estou doente.

Conjuntivite. Nem sequer é preciso ir ao médico para verificar isso.

E sim, de facto não foste à escola. Ficaste com a avó João.

18/11/2008

Ainda sobre a amizade...

... e porque tenho bons amigos, às vezes não são precisas muitas palavras entre nós.

Uma colega de trabalho, que é também uma amiga - sem dúvida, deu-me os bons dias pousando-me na secretária dois livros: este e este.

Não foram precisas mais palavras. Foi o suficiente.

Obrigada, linda!

Dias menos bons

A maternidade também se rege por momentos menos positivos.

Momentos em que nos questionamos se sabemos ser bons pais.

Momentos em que os nossos filhos procuram ajuda para se formar procurando os caminhos mais espinhosos.

Estamos a viver dias menos bons.

E não me apetece falar ou escrever sobre isso, se bem que um dia quero oferecer-te uma cópia deste blog para que saibas como era a nossa vida na tua infância, e devesse aqui escrever sobre o que me tem angustiado, o que me tem retirado forças e me deixa triste.

Só espero que estes dias menos bons passem depressa e que eu consiga cumprir com os meus objectivos na tua educação e formação como pessoa.

17/11/2008

Mais uma grande amiga

Também tenho muitas saudades tuas, minha linda.

Dos serões passados no teu atelier.

Do apoio condicional que me deste, sempre, mas principalmente quando estive grávida.

Das noites passadas a cantarmos e do que me ensinaste para fazer de mim uma melhor cantora.

Do teu marido nos mandar calar quando cantávamos fora do palco.

Dos teus gatos.

Mas, principalmente, tenho muitas saudades de ti como pessoa e da tua voz, aqui a cantares uma música Linda - "A Noite Passada", de Sérgio Godinho, com o Beto, algures no ano de 1994.

PS: Ah, e também tenho saudades da tua massa com alho!!!

14/11/2008

Amigos de Peniche

Tenho saudades tuas.
Nos últimos anos temos estado longe (da vista), mas vocês vivem no meu coração, tu, a tua irmã e o resto da família.

E por mais tempo que passe, continuo a emocionar-me quando te oiço cantar, principalmente quando te vejo a cantar ao vivo (neste caso num vídeo, à falta de melhor).

Fiz asneira...

Agarrei numa caneca de leite, um punhado de aletria, um pau de canela, casca de limão, duas colheres de sopa de açúcar e fiz um pratinho de aletria com que me deliciei à noite, depois da Maria adormecer.

Só me pesa na consciência as duas colheres de sopa de açúcar. Podia ter feito com adoçante. Lol


Viva la vida!

12/11/2008

"Tu não és minha filha"

No caminho de regresso a casa vínhamos de mão dada a cantarolar.
Eu comecei a abebezar a música, a brincar.

E tu :
- Oh, mãe, porque é que tu estás a cantar à bebé??? Não podes falar à bebé, mãe. Eu sou tua filha, não sou tua mãe. Estou a falar chinês, mãe?

(fiquei sem resposta, mas grata por ver que o sermão de "quem manda aqui em casa sou eu e nada de inverter os papéis, menina Maria" tem resultado)

O Speedy

O Speedy é o cão (desgraçado) que vive no R/C do nosso prédio, ou seja, o cão (filho) do Avó Toya e da avó (emprestada).

Ele também passa por muito, tal como esta gata linda.

Já o vi de ganchos e molas no cabelo.
Já o vi tapado por mantas e fraldas de pano.
Já o vi ser perseguido com bonecos para fazerem uma "briga" (brincadeira que consiste nele a prender um boneco com os dentes e ela a puxá-lo).
Já o vi ser massacrado para se deitar ao lado dela.
Já o vi a comer ração da mãe dela, grão a grão.

Mas também já os vi:
- a partilharem gomas;
- ela a ser arrastada (literalmente) pelo chão da sala enquanto ele tenta roubar-lhe o boneco;
- a dormirem juntos;
- ele a defendê-la se acha que alguém lhe está a fazer mal;
- ele a enchê-la de beijinhos e focinhadas carinhosas (mas que acabam invariavelmente da mesma maneira: com ela no chão);
- ela a ser vista como cadelinha, nós a ralharmos e ela a defendê-lo porque acha que ele está só a brincar com ela...

Adoro a cumplicidade entre os dois.
Só não gosto de descobrir pelos brancos no casaco de malha preto que trago hoje à conta destas brincadeiras todas. Mas isso agora não interessa nada! :)

11/11/2008

O primeiro bebé

Em resposta ao comentário da Melancia, ao post anterior:

O primeiro bebé que a Maria teve (e tem) foi um Nenuco recém-nascido.

As crianças, nessa idade (18 meses) aprendem muito imitando as nossas rotinas, por isso, e longe de ser uma profissional da área, arrisco-me a dizer que um boneco estimula a imaginação, o vocabulário, a motricidade fina, ajuda a compreender para que serve cada objecto...

Colocar o bebé a dormir e tapá-lo com fraldas de pano, dar-lhe a papa, despi-lo, fingir que se lhe dá banho, dançar agarrada a ele...

Vais ver que a tua filhota vai adorar ter uma boneca/bebé.

E vai ajudá-la muito.

A Maria ainda hoje passa horas a fio de roda dos bebés, dos livros e dos desenhos.

Tem muitos jogos pedagógicos, puzzle's, legos... mas é a brincar aos crescidos que ela aprende. Seja a tratar dos seus meninos, seja a fingir que é professora e que está a ler uma história ou sentada na sua mesa a dizer que está a trabalhar.

Querido Pai Natal... (da filha)

Os catálogos de brinquedos já apareceram lá em casa, pelo que já escolhi as prendas que te quero pedir, meu querido Pai Natal:

O Nenuco com a malinha de médico e um computador.

Se houver algum upgrade a esta lista eu informo-te.

Mas acho que a mãe não quer mais brinquedos lá em casa, por isso, só se for um livrinho ou um jogo didáctico (sobre Os Números, por exemplo).

Querido Pai Natal... (da mãe)

... este Natal, eu SÓ queria um ferro de engomar de jeito...

... e num ano em que eu me porte muito, mas muito bem, gostava de receber este anel do Gil Sousa, mas com o nome Maria inscrito, naturalmente:

10/11/2008

És linda...

Hoje estiveste calminha. Consegui dar-te a volta com (alguma) facilidade, nos momentos que te costumam criar mais ansiedade.

Elogiei-te e disse que é assim que te deves portar todos os dias.

Claro que no auge da birrinha de sono, depois de três histórias, esperneaste e guichaste um bocado enquanto me chamaste de má, feia... Que feitio!

Ah, e entretanto, há coisas tão simples que nos ajudam a criar novos hábitos: há muito tempo que adormecias na minha cama, mas desde que te coloquei os lençóis de flanela acedes em adormecer na tua. Dizes que os teus lençóis são mais quentinhos que os meus. Calha bem... e eu ralada... até nem gosto de dormir em lençóis de flanela! :P

Actualização

Ao princípio perdia mais peso por semana, mas não era tão feliz. lol

Ai, que o Arroz de Polvo da minha avó estava tão bom! :)

E aquela sobremesa também. Mas... é injusto... desviarem-me da dieta com doces e pratos saborosos.

Ah, pois é...

Ouviste, Tia?

PS 1 : No Sábado vesti um vestido que me assenta muito bem. Fiquei super contente.
PS 2: o papá da minha filhota elogiou-me.
PS 3: Deixei de ter pneus nas costas (isso é que me estava a fazer muita confusão! Agora é barriga, pernas e rabo).

Chiça...

- Chiça, que coisa terrível! Estes meninos não dormem. Que paciência!
Por tudo e por nada ouve-se a expressão "chiça, que coisa terrível". Shame on me, que digo "chiça" (palavra que odeio) para não me sair nada pior. Prometo que vou deixar de dizer.

Por falar em "meninos que não dormem", foste passar a noite de Sábado com o papá, pelo que ontem arrumei calmamente a casa, sendo que o teu espaço também foi (re)organizado. Pois bem, quando chegaste não tardou que não refilasses comigo porque a Giovana não estava na caminha dela, porque o Manuel não tinha a toalha dele (lençol), porque aquele livro não era ali, blablabla...
Chata!
A quem é que sais tão refilona?

E hoje de manhã, comecei o dia a corar, quando no meio do café me advertiste:
- Mãe, esqueceste-te de me dar o remédio!!! (xarope para a tosse)
- Pois foi, Maria - exclamei baixinho.
Levantaste os braços e afirmaste, com veia dramática:
- E agora, mãe??? E agora, vou passar o dia cheia de tosse???

06/11/2008

SNS

Por norma o nosso Sistema Nacional de Saúde não funciona, mas ultimamente tem-me surpreendido em diversos momentos.

O último foi este:
Desde que a Maria nasceu que vivo em Lisboa, mas mantive-me como utente em Paço de Arcos. Mas claro que nunca vou lá... Ontem recebi uma chamada do centro de saúde a informar-me de que o meu médico de família (agora que finalmente tinha um já não preciso!!!) gostava que eu fosse lá fazer o rastreio do Cancro do Colo do Útero.

Agradeci, mas tenho consulta marcada para uma médica fabulosa, que me ajudou muito na gravidez, precisamente a lutar contra uma lesão no colo do útero pré-cancerígena. O meu obstetra da altura encaminhou-me para ela. Manteve-se como meu obstetra, mas em tudo o que respeitasse a lesão era tratado com ela.

Mas gostei de que o SNS funcionasse assim.

Agora falta saber se o centro de saúde da minha área de residência funcionará assim tão bem. Por enquanto fica longe que se farta de minha casa. E saber que muito mais perto tenho outro... mas que não me posso inscrever lá... Mas isso já é outra história!

Até lá, pelo sim, pelo não, continuarei a ser seguida no particular.

05/11/2008

Eu consigo...

Começo a sentir-me muito sexy outra vez.

Falta-me apenas um kg para o peso com que estava antes de ficar grávida da Maria.

Sempre me lembro de ter excesso de peso, a não ser quando era muito miúda.

Por isso, tudo o que venha agora é uma conquista, principalmente em termos de saúde e também de facilidade em comprar determinado tipo de coisas (ai, as botas de cano alto!).

Mas a seguir vou ter que lutar para voltar a meter algumas coisas no sítio: braços flácidos, barriga flácida e mamocas "vazias", lol.

Lá por casa tem-se cozinhado de forma bastante mais saudável: muito peixe (arghhhhh, e há uma mãe que não é sequer apreciadora) estufados de legumes e soja, vamos experimentar tofu, comem-se (aliás, come ela) massas e arroz integrais, sopas com cada vez mais legumes (bem, isto sempre houve), cereais integrais , uma cesta de fruta sempre cheia e variada, margarina a passar fora de prazo...

E eu perco-me na área de alimentação saudável/dietética dos hipermercados. E à hora de almoço passeio no Celeiro (mas não compro quase nada lá, porque nos hiperes chegamos a encontrar as coisas a metade do preço, se é que se admite!).

A tensão está estabilizada e mais baixa do que foi tendência depois da pré-eclâmpsia, a pele está melhor, os rins funcionam muito melhor... e eu estou muito contente com esta minha caminhada.

Epá, isto sou eu a falar em voz alta, para me manter devidamente motivada!

Mas... agora alguém me explica como é que eu, que me peso sempre na mesma balança, na farmácia, controlo o peso perdido com estas roupas todas de Inverno, botas e sei lá mais o quê???

04/11/2008

Amigos imaginários

Chegamos, eu e a minha madrasta, do cafezinho da noite:
- Cuidado, mãe. Cuidado com os meus meninos! - adverte-me ela.
- Afonso, vai de castigo para o sofá - exclama o meu pai.

Olho, parva, em meu redor e pergunto:

- O que é que se passa aqui???
- Os meus meninos estão a dormir, mãe. Olha aqui, olha para isto... este não dorme. Já tive que ralhar com ele duas vezes, mãe. Duas vezes!
- Não pises esse. Levanta o pé! - ralha-me o meu pai.

Ok, ok, que a minha filha brinque aos amigos imaginários ainda vá que não vá, agora... a minha filha e o meu pai???

03/11/2008

Pais em luta pelos filhos

Leio em silêncio a Notícias Magazine deste fim-de-semana, enquanto os meus olhos marejam de lágrimas, a minha pele arrepia-se, o meu estômago embrulha-se e o meu coração angustia-se...

A reportagem em questão chama-se Pais em luta pelos filhos. Há pais filhos da puta, mas acho que há mães muito, mas muito mais, filhas da puta e com a mania de que têm o rei na barriga (Leia-se, arma ideal contra o pai: filhos).

Será que há alguém que consiga entender que no meio disso são as crianças que saem marcadas e prejudicadas???

É nestas alturas que sei que sou muito boa mãe. Muito melhor do que essas tipinhas que fazem jogo sujo.

Uma alegava perante o Tribunal de Menores de que o pai não deveria ficar sozinho com a filha bebé de meses porque ele teria limpo o umbigo da criança recém-nascida com violência (sangrou, o que é relativamente normal, como sabemos) e que ele lavava os biberões com detergente da loiça. Coitadinha da menina... isso são maus tratos?

E a mãe que privou a filha de contacto com o pai e seis meses depois apresentou queixa dele por abusos sexuais...

Conheci em tempos alguém que se zangou com o marido e lhe exigiu logo a assinatura de um documento em que lhe dava a guarda das crianças.

Isso é ser boa mãe???

Quem é que são estas gajas, pá?

Isto tira-me do sério. Sei que há casos e casos... mas a conivência do Tribunal de Menores com as mães intocáveis revolta-me de uma maneira que até fico fora de mim!

Sem comentários...

Epá, hoje só quero deixar aqui uma lembrança de que foi ontem que fizeste a maior (e mais desesperante e desesperada) birra da tua curta história de vida.

E o teu pai perguntava-me: "então, mas porque é que ela fez essa birra?"
E eu respondi: "acho que ela tinha feito uma casa imaginária com almofadas no sofá pequeno e eu sentei-me lá. A partir daí foi o descalabro".

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