29/02/2008

Dahhhhhh

Dispensava:

As minhas dores de cabeça e tonturas dos dois últimos dias têm a sua origem diagnosticada.

Agora é tomar os comprimidos e ficar boa num ápice (de forma a cumprir a agenda apertada do dia de amanhã, leia-se).

Boa maneira de começar o dia...

08.47 am

O telemóvel toca, quando estou numa acção de um cliente. No visor, vejo o número do papá. Atendo com um "Bom dia, o que é que se passa?" e oiço uma voz doce:
- Já estás mior da dor de cabeça, mamã? *

Só de a ouvir fiquei logo a sentir-me melhor! :)

28/02/2008

Actualização da Agenda

Sábado, 1 de Março

10h30 - Festinha, em Oeiras;
Hora por definir - Festinha, em Lisboa;
19h - Ruca

Ai... já estou cansada, só de pensar!

Mas, confesso, entusiasmada com as festinhas e pouco com o Ruca, muito menos aquela hora...

27/02/2008

Reunião adiada

Filha, tenho uma surpresa para ti!!!

A mamã explicou-te que amanhã tinha uma reunião de trabalho muito longe (em Braga) e que por isso tinha que se levantar "muito de noite". Hoje era a avó que te ia buscar, dormias com ela e amanhã ficavas com o papá, que anda perdido de saudadinhas tuas.

Hoje, quanto te deixei, fiquei um bocadinho tristinha porque não gosto de passar duas noites longe de ti, mas agora tenho uma surpresa: a reunião foi adiada, pelo que logo já te posso ir buscar e irmos juntas para casa!

Como tu dizes: "Boa?"

Conversa com a educadora

Digamos que ouvir dizer, pouco passava das oito manhã, que tu andas muito "birrenta" na escola não foi das melhores formas de começar o dia...

Mas eu tinha um argumento de peso: "ela em casa tem estado óptima, cooperante e obediente".

E agora, fiquem elas a gerir a velha teoria de que é uma fase, que provavelmente andas a testá-las, blábláblá.

Não lhes invejo a sorte, mas não estou minimamente preocupada.

E, tu, que deves ter percebido que estávamos a falar de ti, vieste ter comigo e disseste: "mamã, dá beijinho e xau... vai trabalhar!"

Agenda

Agenda para Sábado, dia 1 de Março:

10h30 - Festinha de Aniversário;
Tarde - (Outra) Festinha de Aniversário;
Em horário ainda a definir - Espectáculo do Ruca.

Receio alguma incompatibilidade de horários ou, caso os consiga conciliar na totalidade, uma mãe extenuada, não?

25/02/2008

Nós vamos!



E o Ruca vai levar a viola dele, mãe?


Ai, a minha vida...

Filhinha linda, ai, a minha vida...

Falas, falas, falas... tens sempre assunto!

Não me dás um minuto de sossego e de silêncio. Andas colada a mim e não te calas... nem a comer! :)

Pronto, como diz a minha mãe "quem sai aos seus não degenera".

Credo, mãe, eu falava (mesmo) assim tanto?

21/02/2008

Os bisavós

Já aqui falei, mais do que uma vez, de quanto prezo os avós e/ou bisavós, marcada que estou pela minha excelente experiência, tão rica, no convívio com todos os meus avós (hoje em dia) e com dois bisavôs e três bisavós na minha infância e até à morte da minha “avó velhinha”, quando tinha 21 anos.

Na 2ª feira, a tua creche encerrou ao meio dia porque nos almoços vêm de outra das escolas do grupo que estava fechada por falta de luz e de gás*. Passado o pânico inicial de “como é que vou trabalhar” falei com a tua tia-avó e logo se combinou de que os avozinhos ficariam contigo. Bem hajam!

Logo realizaram os preparativos e receberam-te de braços abertos para um dia muito bom, no miminho dos bisavós, numa casa enorme, cheia de espaço, como tu tanto gostas. Ainda me hás-de explicar é porque é que tens autorização para correres no longo corredor miraculosamente encerado!

Ao final do dia, o avô foi-te buscar, chegaste a casa muito bem disposta e dormiste que nem um anjinho a noite toda! J

E eu gosto tanto quando vens de lá, princesa, porque corro contra o tempo, a pedir a Deus que te dê hipótese de guardares muitas memórias dos meus avós, teus bisavós, e que guardes esses momentos com carinho e um sorriso nos lábios.


* Uma noite e manhã de chuva assustadoramente intensa provocou o caos em Lisboa e arredores

20/02/2008

Está a crescer...

- Mãeeeeeeeeee... mamããããããã...
- O que é, filha? Dorme, já é tarde.
- Anda cá, mãe!
Percorro o corredor em direcção ao quarto.
- Diz lá, filha.
- Anda cá, tenho uma coisa para te contar.
Surpreendida pela expressão usada pela primeira vez, ajoelhei-me junto à cama:
- Uma coisa para me contares? O quê, fofinha?
- Deita-te aqui, mãe... ao pé de mim...

19/02/2008

"E também do papá!"

Ontem, quando me fui deitar, passei a menina para a cama dela.

Ela deu conta e disse-me “quero dormir com a mamã”.

Levei-a de volta para a minha cama e estava no miminho com ela “Gosto tanto, mas tanto de ti, filhota… tanto, tanto… e tu, também gostas da mamã?”.

A resposta dela??? “E também do papá!”

Que linda, filha... adormeci de coração cheio do teu sorriso.

15/02/2008

O Dia dos Namorados

Ontem ficaste no miminho da avó. Está combinado que, de quinze em quinze dias, ficas lá de quinta para sexta-feira. A avó vai buscar-te e dormes com ela.

Isso permite-me que pelo menos um dia na semana eu saia do escritório calmamente, sem a correria de chegar a horas à creche.

Não fazia planos de sair, mas acabei por fazê-lo. Diverti-me imenso, estive muito bem acompanhada e foi um Dia dos Namorados celebrado de forma diferente!

Sou feliz com a vida que levo, mas o certo é que a noite de ontem ainda me fez mais feliz...

E hoje é 6ª feira. Logo vou buscar-te e vamos começar um fim-de-semana para o qual já fiz muitos planos. Muitas brincadeiras e actividades dedicadas à minha princesa! :)

Back to work*!

* quero ver se não adormeço em cima do teclado... a noite não deu para tudo, alguma coisa tinha que ficar para trás... nomeadamente umas boas horas de sono! E ainda por cima estou a trabalhar numa proposta criativa e com alguma complexidade!

13/02/2008

Cumplicidades

Cheguei à creche às 19h em ponto. "Espero não demorar chegar a casa. Tenho que lhe dar o banho, fazer o jantar, as camas... Que dia, nunca mais termina".

Entrei.

Passaste por mim direita à biblioteca, para folheares livros. Olhei-te e quando ia começar "Maria, vá lá, despacha-te, filha, temos que ir para casa" suspirei e pensei: "Paciência, mais cinco ou menos cinco minutos não fazem grande diferença". Folheaste os livros e depois lá vestimos o casaco e saímos da creche.

Disseste-me, apressada, "corre, mamã, vem aí o autocarro". Não vi autocarro nenhum a chegar à paragem e perguntei-te "mas qual?". "Aquele, ali ao fundo, mãe". Sorri... o autocarro estava parado num semáforo e já bem longe da paragem onde o costumamos apanhar. Não havia hipótese de o apanharmos, por mais que estivesses preparada para correr atrás dele, eheheh.


Continuámos. Sentámo-nos no banco. Ias para começar uma birrinha, já nem sei porquê:
- Escuta, Maria, queres ouvir histórias do tio Hugo quando era pequenino?
- Não...
- Era uma vez...
- Não, não quero, mãe - rezingaste.
- Não, filha, não estou a contar-te a história a ti, mas sim à estrelinha que brilha lá em cima, no céu. Era uma vez um tio Hugo malandro, que fazia muitos disparates... - continuei, já contigo a escutares atentamente.

A senhora que estava ao nosso lado sorria, até que chegou, em poucos minutos, o autocarro em que seguiríamos.

Nessa altura, a história já tinha acabado e estavas a fazer de bebé no meu colo. "Deixa deitar-me no teu colo, como os bebés" e fingias que choravas enquanto eu dizia "não chora, bebé, a mamã está contigo... pronto".

Encheste o autocarro de gargalhadas sonoramente malandras, enquanto encarnavas o papel de uma criança pequenina. As pessoas que viajavam connosco no autocarro renderam-se à tua boa disposição e riam-se de nós: de ti pelas gargalhadas e de mim que fingia que tirava "pilhas" das tuas costas para não te chorares mais. E tu rias mais e mais, deliciada com a brincadeira. "Ufa, isto até está a correr bem", pensei para comigo.

As brincadeiras somaram-se pelo resto do caminho até casa. À chegada, a avó Toya estava a preparar o jantar e eu subi contigo para nossa casa para te dar banho.

"Meu Deus, já passa das sete e meia... se ela quer brincar no banho estou feita". Entraste para a banheira, não coloquei a tampa no ralo da banheira e disse "ai... ai... oh, água, não fujas, fica aí para a Maria brincar! Opá, água, não me estás a ouvir?" Reclamaste, "não tem águá... oh, mamã, a água...". Enganei-te "não sei o que se passa, filha, se calhar a banheira está estragada". Duche tomado...

Toca a vestir. Oiço-te a rir e vejo que estavas a fazer um xixi na minha cama... "Oh, Maria... O que é isso". Olhei novamente e vi que estavam duas toalhas debaixo dela "Ufa, não molhou o colchão, boa". Não te ralhei mais... não valia a pena, estava tudo resolvido e sem azar de maior.

- Vamos secar o cabelo, filha!
- Não quero, quero brincar... - fugiste para junto dos teus brinquedos.
- Fofinha, queres secar o cabelo como a Bia faz? Anda cá que eu ensino-te!!!
- Sim, quero...
- Pões a cabeça para baixo. Isso, agora fica assim - e o secador ligado na máxima potência deslindava os seus cabelinhos fininhos com a pressa que só uma mãe compreende nestas horas.
- E agora, queres pentear-te como a Bia? Com esta escova, como a que a Bia tem?
- A Bia tem uma escova igual mãe?
- Tem, sim, filha - ai, que é hoje que o nariz vai crescer... tantas mentirinhas inocentes para mantê-la cooperante e bem disposta.

Olhei para o relógio. Oito horas. "ui, temos que descer, a Toya já deve ter o jantar na mesa.

Descemos as escadas e enquanto eu punha a mesa brincavas, divertida, na sala, com o Speedy.

Parei a contemplar-vos e a ouvir as tuas gargalhadas. A avó Toya comentou: "está muito bem disposta hoje"!

E eu pensei para comigo "tomara que todos os dias tenha esta inspiração toda para, com paciência, conseguir levar a melhor com ela".

E quando te deitei, depois de mais umas quantas corridas contra o relógio sorri, bem disposta com a vida, tal como tu, porque vi que temos uma cumplicidade fantástica, e que não és apenas tu que aprendes coisas novas todos os dias, mas também eu, enquanto mãe.

12/02/2008

A avó João

Hoje apetece-me escrever sobre ti e sobre a avó João, minha mãe.

Gosto muito de vos ver juntas. Passámos os teus primeiros seis meses de vida em casa dela e ficaste sempre com uma relação muito estreita e especial com ela.

São parecidas em termos de feitio, por isso a avó compreende-te até melhor do que eu, principalmente quando és mais difícil de levar.

A Avó João é a tua “avó” – defende-te mesmo sem razão, faz-te as vontadinhas, enche-te de miminhos, respeita o teu ritmo mesmo que isso signifique ficar fora das rotinas e das tuas regras habituais… é uma avó, como eu costumo dizer! Mas também te impõe limites e também te ralha quando é preciso. Tu tens respeito por ela. Reages de imediato, de forma obediente. No teu íntimo deves sentir que é melhor não enfrentar a avó João. Atitude sábia a tua, minha princesa. J

A tua avó é completamente diferente como avó do que foi como mãe. Eu tenho muito boas avós, mas gostava de ter uma avó como a tua, sabias? Pudera, até te deixa comer boiões de fruta ao pequeno-almoço e andares a brincar com os budas e com os cristais!

11/02/2008

Já acabaste a birra, já?

Passámos um fim-de-semana cinco estrelas! J

Exceptuando a intensa lida da casa, deu para descansar e desfrutar bastante da tua companhia.

Ontem tivemos o companhia do Pipo e da Pipinha lá em casa e vocês brincaram muito as duas (e também se pegaram, mas faz parte, não é?).

A Pipinha fez uma birra e quando voltou para o quarto, onde estavas, ouvi-te “Já acabaste a birra, já?” num tom de censura… Ai, minha linda, sabes tão bem a teoria!...

08/02/2008

De mão dada...

Esta noite dormiste comigo... sempre em busca da minha mão.
Dormimos, de mão dada*...




* Isto porque que o meu braço dormente não permitiu que continuasses a dormir no "colinho", como dizes, ou seja, com a cabeça deitada no meu braço, bem encostadinha a mim! :)

A "nossa" escolinha

Gosto muito da creche onde estás. Inserida numa das melhores associações de educação do país tem, com pontos mais ou menos positivos, cumprido muito bem com o que eu esperava de uma creche: despertam as crianças, desde o berçário, para a necessidade de disciplina, de diálogo e de carinho no momento certo e são transmitidas excelentes bases de aprendizagem.

Faltam apenas alguns meses para teres que abandonar a tua escolinha, porque só tem a valência de creche e porque vais mudar para outro estabelecimento, para ficares mais perto de casa e minizarmos ao máximo os inconvenientes que surgiram com a minha (excelente, diga-se!) mudança profissional.

Começo a ficar ansiosa, será que vais ter saudades do ambiente familiar que ali tens? Das educadoras, das auxiliares e das senhoras da cozinha que te adoram? Custar-te-á mudar para um sítio novo, coleguinhas diferentes e muito maior?

Espero que não. Espero sinceramente que não.

E agora, resta não sofrer por antecipação e deixar para mais tarde este sentimento de “angústia maternal”.

07/02/2008

La Camisa Negra

Estou concentrada, a preparar uma apresentação, quando ao longe distingo uma música que me faz partir para memórias de outros tempos:
A dançarmos as duas, na cozinha, ao som de Juanes. Corro a cozinha nela dançando como se fosse um salão de baile, delicio-me nas nossas gargalhadas!

E parece que as oiço aqui, agora e hoje!

O tempo voa...

O tempo voa e há demasiadas coisas que voam da minha memória tão depressa quanto o tempo, por isso, sempre que me apetecer, virei aqui falar de ti, meu enorme sorriso chamado Maria.

Além disso, reconquistámos a nossa privacidade, certo?

Estás uma miúda gira e muito endiabrada. Entrámos em contagem decrescente para o teu 3º aniversário. Isso custa-me, mas, ao mesmo tempo, permite-me assistir diariamente às tuas conquistas.

Eu, a mãe, estou e sou feliz! E nos últimos tempos reconquistámos uma paz que não tínhamos há muito tempo. Nem sequer sabíamos que não a tínhamos, não é? Reconquistámos a nossa privacidade, o nosso espaço, a nossa energia fluida e pura... 2008 está a ser um grande ano!

Hoje estás adoentada e o meu pensamento está contigo. Logo, logo, estou ao pé de ti, ok?