O que eu não quero vir a fazer...

Hoje tenho pensado muito em uma das minhas grandes amigas, que é solteira e tem horários de trabalho muito absorventes e desencontrados daquilo que é costume na "gente normal".
Tenho muitas saudades dela... vemo-nos pouco.

Há uns tempos atrás era tema de conversa nas nossas saídas o facto de amigos que se tinham casado ou tinham filhos nos tratarem de forma diferente, nomeadamente de nos excluírem de alguns eventos sociais.

Houve uma vez que uma pessoa que adoro me magoou quando me disse que ia dar um jantar de "casais". Nem sabe essa pessoa o quanto me magoou nesse dia... Será que eu não saberia manter uma conversa de "casais"?... Ou a mesa ficaria assim tão feia posta em número ímpar?...
Bem, mas isso é passado, e eu não gosto de viver com base no passado.

Queria, sim, deixar aqui escrito, e de coração sentido, que não quero tratar de forma diferente nenhum dos meus amigos só porque dentro de 4 meses a minha vida mudará e passarei a ser, em primeiro lugar, mãe! Continuarei a ser a mesma Lara de sempre, a mesma amiga, umas vezes distraída, outras absorvente...

Uma das razões porque tudo farei para manter a minha casa é também porque quero continuar disponível para estas pessoas e quero que se sintam à vontade para, sempre que quiserem ou possam, me tocarem à campaínha para matar saudades, ainda que possamos estar em amena cavaqueira rodeados de choro, fraldas e brinquedos espalhados... ou fiquem "pendurados" durante 20 minutos sentados no sofá enquanto está na hora do banhinho da princesa! :)

Vou ser Mãe, mas não quero deixar de ser a Amiga que sempre quis ser para os amigos... Assim a minha filha também aprenderá desde logo que os Amigos têm um papel muito importante na nossa estrutura... solteiros ou casados... pais ou não... diferentes ou iguais... A Amizade é universal, não se baseia nestes "estados"!... Assim o penso, assim o sinto... assim espero nunca me esquecer disso!

Tucha, adoro-te, miúda!!! Eu e a Maria temos saudades tuas!

E hoje é 6ª feira. Apetece-me imenso ir ao cinema ver... O Diário de Bridget Jones... vá-se lá saber porquê, depois de escrever este post, não é?

Deixo aqui uma frase de que me lembro muitas vezes, e que me relembra sempre a necessidade de respeitar os outros tal e qual como são e tentar compreendê-los: O nosso espaço acaba onde começa o dos outros.

E por aqui nos despedimos, eu e a Maria (que esta semana tem andado mais sossegadinha do que é normal, ou então, descobriu novos cantinhos à barriguinha da mamã, mais discretos!)