29/07/2008

As análises...

Foi hoje de manhã, numa unidade hospitalar de Lisboa.

E aqui fica o meu elogio: chegámos, tirámos senha, fomos chamados logo a seguir e desesperámos ao olhar para uma sala cheia de gente.

Mas nem três minutos depois fomos chamados. As maravilhas da prioridade. Pois, coitadinha da minha menina, que estava em jejum!

Chegámos e mostraste-te renitente em colaborar. O que vale é que, de repente, lá pousaste o teu bracinho na almofada e a técnica apanhou a tua veia à primeira. Depois foi ver tirarem-te três tubos de sangue. E eu a ficar angustiada, a encher-te de beijinhos e elogios.

Nisto outra técnica dirige-se a nós:
- Mãe, a filha está muito branca. Vamos buscar um copo de água com açúcar.

Virei-te para mim e recostaste-te nos meus braços, como se ainda fosses bebé e procurasses o bater do meu coração e o calor do meu corpo. Olhei-te e tremi. Estavas transparente. Que confusão me fez ver os teus lábios sem pingo daquele rosado lindo que tens.

Até agora, fiquei com aquela imagem gravada na minha mente.

Cinco minutos depois já não era nada contigo e comias as bolachinhas que a avó carinhosamente te tinha mandado.

Já passou e eu estou aqui a recriminar-me pelo medo que senti de te ver daquela maneira... foi a primeira vez, é certo. Mas impressionou-me. E muito.

2 comentários:

Maria disse...

olha aminha piolha tem 10 anos e ha uns meses atras sem ai nem ui decidiu desmaira-me nos braços, revirou os olhos e simplesmente "caiu-me" em cima. O que me valeu foi que o meu mais que tudo estava em casa, desatei aos gritos a pedir ajuda, estava desesperada. Ainda hoje de cada vez que me lembro da cena me arrepio. Por tudo isso um grande beijinho para a tua Maria e para ti tambem que isto de ser mãe nunca se está descansada.

Lara disse...

Pois, é estranho vê-los assim de um momento para o outro tão frágeis, não é?
É uma sensação esquisita.
Claro que não teve importância nenhuma e, graças a Deus, ela não está doente, mas incomodou-me de uma maneira muito estranha.