11/04/2005

29 de Março de 2005 - O dia da Princesa


Nasci no dia 29 de Março de 2005, depois de algumas peripécias, que aqui vou contar:
A mamã, conforme combinado com o médico, foi ao Hospital do SAMS às 12h, para avaliar a situação, ou seja, saber se o meu nascimento estava para breve ou não.
O médico fez o toque, disse que estava para breve (o que já andava a ser dito há uma semana e meia) e disse que ia dar à mamã um comprimido para acelerar as coisas e ela entrar finalmente em trabalho de parto. Entretanto mediu-lhe a tensão uma série de vezes e exclamou: “Fica já internada, a tensão está muito alta”. Os 15-10 ditaram que eu nasceria, efectivamente, naquele dia. (engraçado, no último dia de gravidez a mamã entra em pré-eclâmpsia e fica com a indicação de gravidez de risco!!!)
A mãe já tinha ido previdentemente de malas atrás, acompanhada pela Avó João e pelo Tio Gonçalo.
Antes da mãe ser internada ainda foi ao bar comer qualquer coisa (como é que ela adivinhou que ia passar muita fome nos dois dias seguintes?!).
Bem, lá foi internada, preparada e finalmente posta a soro. Ela não sabia, mas o soro já tinha uns remédios para provocarem o parto. Isto deve ter sido entre as 15h e as 16h.
O ctg foi uma preocupação constante para ela e para a equipa médica, pois eu teimava em fugir daquele aparelhinho cusco, que media o meu ritmo cardíaco e as contracções.
Até que...
Até que a mãe começa a sentir umas dores diferentes e percebe que já está com contracções, e logo de 5 em 5 minutos.
O médico voltou para rebentar as águas.
E depois é que foram elas, a mamã começava a sentir as dores de que todas as mulheres falam (mas não muito, não tenham pena dela... foi só uma ou outra contracção mais forte)! A avó foi avisar o médico porque a mãe não queria que se esquecessem da epidural. O médico fez outro toque (maldito toque, dava direito a vê-la subir pela cama!) e foi chamar outra médica que estava de serviço para pedir uma segunda opinião, pois achava que como eu não descia o melhor seria fazer uma cesariana.
A mamã ligou logo ao pai a avisá-lo e ele disse que ia já para lá. Deviam ser cinco e tal da tarde!
E assim foi... Fizeram mais umas maldades à mãe e levaram-na para o Bloco Operatório, onde ainda esperámos um bocadinho pela epidural, uma vez que faltavam os resultados de umas análises que a anestesista não dispensava.
A mãe levou a anestesia (“ponha-se em posição de gato assanhado, costas para fora, rabo para dentro, queixo encostado ao peito”, palavras que a mãe nunca vai esquecer, por certo!) e chegaram os médicos para dar início à intervenção, intervenção essa que a mãe detestou e que por esse motivo não conta aqui.
Passados breves minutos eu nasci: a primeira imagem que a mãe tem minha é de que eu era linda e até vinha muito limpinha, ainda que com uma camada esbranquiçada. Ah, e a mãe achou-me muito pequenina! 2,900 Kg e 50 cm. Afinal era impressão dela, sou apenas elegante!

Fui entregue à equipa de pediatria enquanto também tratavam da mãe. A mãe ouvia dizerem que eu era linda, cheia de vitalidade e muito saudável. Estava toda orgulhosa de mim, claro.
Depois levaram-me junto da cara dela e, claro está, que levei com 1000 beijinhos, hábito que a mãe tem ainda hoje.
Por fim levaram-me para o berçário, onde teria que estar duas horas para aquecer (eheheh, a mãe é que precisava de ser aquecida, pois tinha muito, mas muito frio!). No berçário conheci o meu papá, que logo pediu para me pegar ao colo.

A mamã sai do bloco, já na sua caminha, também ela aquecida, felizmente! No corredor encontra a família toda: a avó João, o avô Tó, o Tio Gonçalo, o Zé António, a Tia Celeste, a Avó Velhinha e, por fim, o Tio Marco! A mamã já sabia que eu estava ao colo do pai e ergueu a cabeça para nos espreitar. O pai viu, sorriu e virou-me para a mamã... Outro momento que ficará, para sempre, registado na memória da mãe, por mais anos que viva...
Ao fim de pouco tempo levaram-me para o quarto porque eu nasci com fominha e não parava de pôr as mãozinhas na boca, como quem diz: “quero maminha!”. Bem... Aquilo é que foi uma experiência engraçada... Esqueceram-se de dizer à minha mãe como é que se dava mama, não? E ela que nunca o tinha feito antes! Mas lá nos entendemos as duas e eu acabei satisfeita.
O avô aproveitou para tirar fotografias, claro!
Depois de passar a confusão ficámos sózinhos: eu, a mamã e o papá. E foi nessa altura que subiu o Tio Luís, para me conhecer. Coitado, foi corrido pelas enfermeiras porque queriam tratar da mamã e não podiam estar homens no quarto!
O pai ficou connosco nessa noite. E era isso mesmo que fazia sentido. Passámos uma noite cansativa (ainda não tínhamos descoberto as maravilhas do suplemento, mas não tardaram umas horitas para lá irmos parar!). A mãe não conseguiu pregar olho. Cada vez que olhava para o berço ficava encantada, não tirava os olhos de mim, de tão feliz que estava! E o pai também não dormiu quase nada... A excitação era muita... A descarga emocional também... A felicidade?... Nem se fala! Como podíamos dormir?
As enfermeiras da Neonatologia queriam levar-me para o berçário, mas a mamã não deixou. Quis ficar comigo a noite toda ali juntinho a ela, mesmo que soubesse que horas antes tinha sido submetida a uma intervenção tão delicada como foi aquela coisa chamada cesariana... A mãe nem quer ouvir falar disso, acho que ainda está “traumatizada”.
Com a ajuda preciosa do pai, mesmo nos cuidados que prestou à mãe, lá passámos a primeira noite.
Mal sabíamos nós que o dia a seguir ia ser tãooooooooo cansativo! Socorro, protejam-me de tanta visita, eheheh.


Continua...

12 comentários:

Mocas disse...

Olá Lara!

Vim aqui ver se havia novidades...e que novidades!!! Ainda bem que está tudo 5 estrelas e a cesareana agora é para esquecer!

Um beijinho muito grande para todos, especialmente para a tua Maria querida! Parabéns mamã!

Ana Rute Oliveira Cavaco disse...

Olá Lara!
Os primeiros tempos são realmente muito cansativos. Apenas um conselho, se me é permitido: descansa e trata de ti também. Nunca te esqueças de ti!

Luna disse...

Olá Linda!
Estou feliz por finalmente ter dado noticias,parabens as duas.
O passado já passou agora aproveitar descanso merecido junto a tua maria
2 Bjocas
Luna

Mamã disse...

Ola
Venho só deixar-te um beijo para ti e para a Maria, estão as duas de parabéns.
bjs
Ana Parra
www.aventurasdeana.blogspot.com

Tia Moky disse...

Olá, às duas!!!

Que post tão emocionante!!
Parabéns pela filhota, Lara!!
Muitas FELICIDADES!!

Beijos Tia Moky

Anónimo disse...

Voltaram à blogosfera? Que bom! Estamos cheios de saudades vossas. Nós estamos bem. O Martim tem estado ranhozito, potatnto, estamos de quarentena. :-)

Beijos gds p/ as duas,

Sandra + Martim

Sofia disse...

Fiquei com uma lagrima no canto do olho.
Parabens as duas
bjs Sofia

http://babybeatriz.blogspot.com

Morena disse...

Que bom que já voltaste. E acompanhada...
A partir daqui vai ser sempre tudo MUITO especial.

Um beijinho grande às duas
Sofia

Anónimo disse...

Ainda estou com um nó na garganta. A Alexandra também teve de nascer de cesariana pois não descia, no final perceberam que se devia ao facto de ter o cordão em volta do pescoço, no entanto nada tenho a dizer contra a cesariana. Felizmente só guardo boas recordações da cesariana e de toda a equipa. Tal como disse no final da operação "repetia tudo de novo" e não hesitarei se o próximo tiver de nascer de cesariana.

Anónimo disse...

Olá Lara!

Muitos parabéns pelo teu Sorriso!!
Encontrei-te um pouquinho antes de ires para casa, porque andava à procura de informações sobre o SAMS!!
Agora estava super curiosa para saber como é que tinha corrido e fico muito feliz por teres voltado com a Maria!!
Estou agora com 35 semanas e tens sido uma preciosa ajuda porque me tenho identificado com os teus receios, estados de espírito, dores e desconfortos destas últimas semanas, e agora com os receios do parto... Bom! esta última parte é mentira, continuo morta de medo!!!!!
De qualquer forma um grande obrigado e continua a escrever porque vou precisar de todas as dicas para poder tomar conta da minha bébé!

Um grande beijinho
Rosa + Bá

Anónimo disse...

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