20/08/2008

Saudade que dói...

Ontem estive a arrumar os teus brinquedos.

Ri-me sozinha enquanto descobria brinquedos dentro de malinhas, bolsinhas, caixas; afiei todos os teus lápis; alinhei livros; dobrei roupinhas do Nenuco; deitei fora conchas e conchinhas desfeitas em mil e um pedacinhos; ...

Após esta maratona, sentei-me a ver tv, a navegar um bocadinho na internet e adiantei mais um bocadinho do teu álbum.

Quando me fui deitar senti o teu cheiro na minha almofada, onde adormeces todas as noites. Quebrei.

Agarrei no telemóvel e ali fiquei a ver os vídeos em que podia ouvir a tua voz, ver o teu sorriso e memorizar mais um bocadinho de cada um dos traços do teu rosto.

Adormeci tarde. Mais uma vez. Sei que estás bem e que te faz muito bem estar com o papá, mas e à volta de 300 das 365 noites do ano, passas com quem? Comigo. Pois, e por isso mesmo me sinto um bocadinho triste. Legítimo, não?

E o que mais me angustia é que tu também possas estar a sentir a minha falta.

Conto os minutos para, mais daqui a um bocado, poder ligar-te e ouvir a tua voz, ou, pelo menos, saber de ti.

E, entretanto, vou tentar afastar esta tristeza que hoje me faz estar mais calada, metida comigo mesma e que me deixa sem vontade de fazer nada. E à lágrima marota que vai tentando escapar-se e ao nó na garganta digo-lhes para se irem embora, que não quero nada com eles!

1 comentário:

Filipa disse...

Deve custar muito... mas calma, está quase a acabar!