26/05/2008

O calor do nosso amor

Não me lembro de alguma vez ter adormecido na cama da minha mãe. Acredito que tenha acontecido em alguma altura da vida, mas não tenho memórias desses instantes.

Como tal, nunca encarei a cama da minha mãe, ou do meu pai, como um refúgio ou mimo.

Tu, sim, já perdemos as vezes que dormiste comigo ou que me pedes que fique a teu lado, que te dê colinho e que adormeças nos meus braços, com o calor do nosso amor a aconchegar-nos às duas, pernas entrelaçadas, mão com mão...

E eu já perdi a conta às vezes em que não te passei para a tua cama quando vou (finalmente) deitar-me porque precisava de um refúgio e de mimo.

E é assim que se vai desenvolvendo a nossa relação: eu não me esqueço que sou mãe e tu filha, mas de vez em quando brincamos fingindo (ou não) que os papéis por vezes invertem-se: aí és tu que me mimas, me consolas e me dás força para ser a mulher que sou.

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